O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma nova diretriz destinada a proteger o país de ataques cibernéticos que enfatiza as “operações ofensivas” para dissuadir os adversários de atacar a infraestrutura dos EUA. A estratégia identifica Rússia, China, Irã e Coréia do Norte como os principais rivais de Washington, relata a Efe News.
A nova estratégia cibernética dos EUA, que entrou em vigor na quinta-feira e cuja versão desclassificada ocupa 40 páginas, é parte de uma estratégia de dissuasão geral que inclui o lançamento preventivo de ataques cibernéticos contra outras nações - ou atores patrocinados por outras nações - para impedi-los de atacar os EUA em primeiro lugar, de acordo com o Conselheiro de Segurança Nacional John Bolton.
Bolton, em entrevista coletiva na quinta-feira, disse que há várias semanas Trump assinou uma medida cancelando uma diretriz do governo do ex-presidente Barack Obama sobre como os EUA realizariam ataques cibernéticos em outros países, uma estratégia que exigia que os militares consulte o Departamento de Estado, a comunidade de inteligência e outras agências antes de lançar um ataque cibernético.
A nova diretriz assinada por Trump, no entanto, embora seja classificada, com toda a probabilidade daria aos militares mais margem de manobra tanto para responder a ataques cibernéticos quanto para lançar ataques preventivos. “Responderemos tanto ofensivamente quanto defensivamente”, disse Bolton, acrescentando que “é importante que as pessoas entendam que não estamos apenas na defesa” e observando que as respostas aos ciberataques não seriam necessariamente montadas no ciberespaço.
A nova estratégia cibernética dos EUA é baseada em quatro elementos principais: proteger o povo, a pátria e o modo de vida americanos; promoção da prosperidade dos EUA; preservando a “paz pela força” e fortalecendo a influência de Washington na internet. A versão desclassificada da estratégia diz que Rússia, China, Irã e Coréia do Norte estão usando o ciberespaço para desafiar os EUA, seus aliados e parceiros, muitas vezes com uma ousadia que eles não considerariam empregar em outras áreas.
A nova estratégia permite que cada agência do governo dos Estados Unidos elabore suas próprias ações contra ameaças cibernéticas em potencial, com o Conselho de Segurança Nacional, chefiado por Bolton, atuando como coordenador.