Para conter o vício digital entre adolescentes, o governo da França votou a favor da proibição do uso de smartphones durante o horário escolar. A decisão entrará em vigor no próximo mês, quando a nova sessão escolar começar na França, disse um comunicado oficial.
Os legisladores do partido centrista LREM do presidente francês Emmanuel Macron e seus aliados deram a aprovação final ao projeto, enquanto legisladores da esquerda e da direita se abstiveram de votar, chamando a lei de um "golpe publicitário" que não mudaria nada, relatou o Le Monde..
O ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, havia dito anteriormente que a proibição é uma questão de saúde pública porque as crianças não brincam mais nos intervalos. Segundo Blanquer, a mudança também pode estimular outros países a implementarem a mesma regra para a melhoria dos jovens estudantes.
“Isso envia uma mensagem para a sociedade francesa, bem como para os países ao redor do mundo,” ele disse em um comunicado. A França não é a primeira a introduzir uma proibição, já que quase um terço das escolas na Grã-Bretanha interromperam o uso de smartphones durante as aulas. Um estudo recente mostrou que quase nove em cada 10 alunos possuem um smartphone na França e um alto número de reclamações foi relatado por professores das escolas em relação aos alunos que trocam mensagens e conversam na sala de aula.
Assim que a regra for implementada a partir do próximo ano letivo, crianças de até 14 a 15 anos de idade que estudam em escolas primárias ou secundárias na França terão que manter seus smartphones, tablets e outros dispositivos conectados desligados ou deixá-los em casa.
A regra, no entanto, permitirá que as escolas abram exceções para “uso pedagógico” - uso dos dispositivos para fins pedagógicos - atividades extracurriculares, ou para alunos especialmente deficientes.